Gestão de Competências como Motor de Mudança e Resposta Inovadora em Organizações de Sáude

Um fenômeno observado na área da saúde, nos últimos anos, foi a produção de mudanças substancias no mix de competências de seus profissionais.

Essas condições foram sustentadas por uma maior profissionalização da gestão do segmento da saúde, uma modernização das estruturas físicas e tecnológicas de boa parte da rede hospitalar e sobretudo à introdução de novas funções, de maior complexidade para acompanhar esse movimento.

Embora essa transformação seja de grande amplitude, algumas, em particular, tiveram maior impacto:

• Superespecialização Médica: esta tendência vem marcada pela subespecialização, determinada em grande parte pelo desenvolvimento de novas tecnologias e protocolos médicos. As especialidades tradicionais estão se dividindo pelo surgimento de novas técnicas que têm gerado, na prática, novas subespecialidades. Muito ligado, também, ao desenvolvimento tecnológico, o fenômeno da subespecilização nas especialidades clínicas está migrando para as áreas cirúrgicas.
• Desenvolvimento da Enfermagem com Competências Avançadas: trata-se da consolidação de uma transformação que já vem ocorrendo, com enfermeiras (os), incorporando novas competências profissionais, antes reservadas aos médicos. Essa mudança, além de criar novos serviços para a área de enfermagem, permite otimizar a acessibilidade do paciente, reduzir tempos de espera e por outro lado, aumentar a disponibilidade médica e melhorar as condições de trabalho dos médicos.
• Novos Perfis na Equipe de Saúde. O fenômeno do mix de competências estende-se também a outros profissionais. Conforme citado, anteriormente, é cada vez maior o papel de novas funções com conhecimento tecnológico, como especialistas em bioinformática, bioengenharia, biofísicos, nas equipes de saúde. As implicações dessas tendências são evidentes. O hospital não tem só que atrair pessoal capacitado, mas deve retê-los e gerir o desenvolvimento de suas competências. O objetivo final é fomentar e organizar o trabalho interdisciplinar de equipes, cada vez, mais complexas, adotando práticas de gestão de pessoas compatíveis com as novas demandas dos profissionais.