Cite a palavra cultura e a maioria dos gerentes levantará as sobrancelhas. Talvez seja uma expressão bonita na literatura gerencial mas um pouco sofisticada (“soft”) para o ambiente atual, fortemente, regulado por resultados.
Para Flannery et al. (1997) é uma reação natural. Afinal, a maioria de nós está presa a uma especialização técnica. A sua aplicação, acreditamos, é o que faz as nossas carreiras e empresas seguirem em frente.
Essa especialização “hard” é importante, mas o sucesso no ambiente de negócios atual, exige uma visão muito mais ampla, não apenas da empresa, mas das pessoas que a compõem, das suas habilidades e competências, do relacionamento entre elas e com a empresa, em resumo da cultura de trabalho.
Assim, cultura nesse contexto é muito mais do que os elementos e artefatos preconizados por Schein (2009) em seus textos sobre cultura organizacional. O que se está descrevendo é um conceito que abrange a forma como o trabalho é feito, construído e como as pessoas são selecionadas, desenvolvidas, gerenciadas e recompensadas. Enfim como a cultura de trabalho é forjada ao longo do tempo.
Esses atributos, que podem variar do “incentivo à inovação à maximização da satisfação dos clientes”, podem ser priorizados de maneira que as empresas possam determinar e construir, tanto a sua cultura de trabalho atual, como a futura.
- Flannery, Thomas P. et al. Pessoas, Desempenho e Salários. 1997, Editora Futura.
- Schein, Edgar H. Cultura Organizacional e Liderança. 2009, Editora Atlas.
By José Fernando Nassif. CEO da Conhecimento e Trabalho
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